Relator dos fatos (B)
Em Porto Alegre
Não bastasse a onda de demissões que toma conta do Prensa Copera após a derrota para o Perestroika FC, na última quinta-feira, o lateral-esquerdo Marinho Saldanha procurou a reportagem do Futebol, Trago e Caneta para 'detonar' o clube. Segundo o atleta, sua assessoria de imprensa tentou evitar o contato com os jornalistas, mas não obteve sucesso. Com muita ironia, o ala rechonchudo deixou claro ambiente ruim que toma conta da equipe.
"O time deve ter melhorado defensivamente quando eu saí, afinal ficou 0 a 0.... Ah não.... Ops", disse. "Se sou eu que paro de jogar para reclamar da arbitragem e o time toma gol, ou faço dois pênaltis, certamente tenho contrato rescindido", acrescentou.
Substituído antes dos 5 minutos de jogo, Marinho revelou solidariedade aos colegas que foram inexplicavelmente preteridos do time. Rafael Antoniutti e Augusto Turcatto, por exemplo, sequer atuaram.
"O pessoal deveria estar pensando em não sujar os uniformes, porque não deixaram todo mundo jogar", disparou. "Se não é para jogar, que não seja relacionado", completou.
O ambiente tenso atravessa os muros da sede do PC. Através do Twitter, o técnico do Perestroika, Eduardo Cecconi, travou duelo verbal com jogadores, direção e comissão técnica. A troca de farpas pública sublinhou que o jogo esteve longe do clima amistoso, esperado anteriormente.
"O técnico deles parece o Ronaldinho Gaúcho. Passou a semana toda dizendo que ignorava, mas ficou afetado com a pressão", referiu Saldanha.
Hector Werlang, presidente do Prensa Copera, ainda não se manifestou sobre quais atitudes tomará pela falta de comprometimento de seu camisa 6, que inclusive abandonou a partida para correr em torno do campo da PUCRS. "Pelo menos não perdi o dia de exercícios, já que não me deixaram jogar", concluiu.
Marinho Saldanha tem histórico de mau comportamento, fugas em pré-temporadas, uso de violência desmedida em treinos e não costuma dar entrevistas. "Sou pago para jogar, quem é pago para falar são vocês [imprensa]", costuma dizer.
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